Usina Solar do Banco Palmas

É uma usina de energia solar fotovoltaica no Conjunto Palmeira, Fortaleza/CE, financiada e gerenciada pelo Banco Palmas, como estratégia de fomento à produção e ao consumo local, neste caso, voltada para a produção e consumo de energia renovável.

Um Empreendimento da Economia Solidária

Sustentabilidade para todos

Energia Solar Comunitária no Conjunto Palmeiras!

Vem aí um novo passo para um futuro mais sustentável no Conjunto Palmeiras! Com a nossa usina de energia solar, a eletricidade gerada será distribuída para os moradores, reduzindo o custo da conta de luz e garantindo acesso a uma energia limpa e renovável.
Essa iniciativa não só alivia o orçamento das famílias, mas também fortalece a comunidade com uma alternativa sustentável e acessível. Juntos, estamos transformando a realidade com inovação e solidariedade. 

Como Funciona

Atenderá inicialmente 50 famílias do bairro de forma
associativa;

Cada família poderá comprar um cota de até 150 KWh da
PalmaSolar;

Cada khw da PalmaSolar custa 0,30 centavos (1/3 do valor cobrado atualmente pela ENEL).

Cada mês a família receberá duas contas: um da ENEL e outro
da PalmaSolar. Dependendo do consumo do mês, a conta da
ENEL poderá vir zerada.

Se possuir a moeda social Palmas, a família irá pagar com
Palmas.

No mês que a família consumir kwh menor que a quantidade
comprada a PalmaSolar, recebe as duas contas zeradas.
Nesse caso fica com crédito acumulados junto a PalmaSolar,
que será abatido no mês seguinte.

Vantagens do Modelo

  • A família não precisa fazer empréstimo ou ter dinheiro para comprar as placas solares. Pode fazer a adesão simplesmente se associando ao Banco Palmas, sem pagar qualquer tipo de taxa. A renda da família e sua condição de pagamento se tornam irrelevantes, pelo contrário, é priorizado os mais pobres.
  • A residência não precisa ser própria, pode ser alugada, cedida ou temporária. Basta o “papel da luz” está em nome do morador.
  • As placas solares não são colocadas nos telhados das casas e sim na usina, por isso o estado de conservação do imóvel não tem relevância. Do mesmo jeito, o risco de roubo domiciliar das placas solares e acessórios não existe, O papel da luz continua no CPF do morador emitido pela concessionaria de energia (ENEL), servindo como comprovante de residência da mesma.

 

  • Para adesão a Palma Solar a família não precisa fazer qualquer tipo de intervenção estrutural na casa, do tipo, mudança do registro, adaptação elétrica, construção física ou outra qualquer.
  • Se sair do imóvel por qualquer motivo, não fica prejudicada em nada. Basta comparecer ao Banco Palmas e pedir desligamento do quadro de sócio. Se a nova residência for no Conjunto Palmeiras continua como sócia e sua cota de energia passa a valer pra próxima residência. Se for em outro bairro, a cota é repassada para um outro morador.
  • Os ganhos financeiros são imediatos, primeiro reduzindo em média de 60% dos custos de energia. Segundo, recebendo cashback.
  • Fortalecimento da economia do bairro com as compras das famílias em moeda social solar e, consequentemente, fortalecimento da economia solidaria e das relações comunitárias.

Sustentabilidade para todos

Fundo de crédito de Energias Renováveis (FCER)

O FCER é o crédito voltado para o fortalecimento do
empreendedorismo solidário na comunidade, apoiando
com crédito a juros de 0,5% a.m., criação ou
fortalecimento dos pequenos negócios do bairro,
gerando trabalho e renda na comunidade.

Energia limpa e sustentavél no Conjunto Palmeiras.

Como funcionará o projeto:

Estamos construindo uma usina de energia solar fotovoltaica no Conjunto Palmeiras, um projeto inovador financiado e gerenciado pelo Banco Palmas. Inicialmente, 50 famílias serão beneficiadas por esse modelo associativo, garantindo uma redução média de 60% na conta de luz.

Essa iniciativa faz parte da estratégia do Banco Palmas de fortalecer a economia local, promovendo o acesso à energia renovável e incentivando um futuro mais sustentável para a comunidade.

Público Beneficiado:

  • Moradores/as do conjunto Palmeiras, 70% mulheres chefes de família, interessados/as na redução do custo de energia elétrica.
  • Jovens em busca de qualificação profissional interessados em participar de um empreendimento econômico solidário de energia solar.
  • Empreeendedores do bairro que possuam ou desejem possuir um pequeno negócio produtivo.

Relação com as ODS

O A PalmaSolar se insere nas metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Exclusividade da PALMASOLAR

  • PalmaSolar é um empreendimento de Economia Solidaria que não objetiva o lucro, embora se torne sustentável ao longo dos anos. Seu objetivo é o desenvolvimento local, a geração de trabalho e renda, produção e distribuição de riqueza no bairro.
  •  É a primeira usina brasileira de produção de energia comunitária, nascida a partir do processo de mobilização dos moradores da periferia, gerenciado a partir de um banco comunitário. A “propriedade” da usina é coletiva sobre a gestão do Banco Palmas, uma organização da sociedade civil sem fins de lucro, que não distribui os lucros entre os associados.
  • Se propõe a ser um movimento de mobilização em defesa da transição enérgica com justiça social e enfrentamento da desigualdade, o que exige que os excedentes fruto da comercialização da energia seja reinvestido na comunidade local que gerou a energia solar.
  • A construção da PalmaSolar terá elaboração e execução da “Paju Solar”, uma empresa de energia solar do Banco Comunitário Paju no município de Maracanaú-CE, estabelecendo uma rede de cooperação entre os bancos comunitários, fortalecendo a economia solidária.

Energia Solar acessivel a todos

Objetivos

I-Instalação de 01 usina solar fotovoltaica com capacidade de atender até 50 famílias. Essa iniciativa visa proporcionar às famílias uma redução, média, de 60% nas contas de energia, possibilitando que paguem apenas 40% do valor da
taxa que seria cobrada pela companhia de energia (ENEL).
II-Criar o Fundo de Crédito de Energia Renovaveis (FCER) do Banco Palmas com os valores que serão pagos pelas famílias a PalmaSolar. O FCER é voltado para o fortalecimento do empreendedorismo solidário na comunidade, apoiando com
crédito a juros de 0,5% a.m., criação ou fortalecimento dos pequenos negócios do bairro, gerando trabalho e renda na comunidade. Previsão 100 negócios apoiados no primeiro ano.
III-Promover a solidariedade e a cooperação entre as famílias, fortalecendo os laços comunitários e o sentimento de pertencimento ao bairro, potencializando os espaços de participação cidadã na solução de problemas locais.
IV-Elaborar um plano de viabilidade e sustentabilidade energética a partir de uma pesquisa sobre consumo de energia elétrica na comunidade e potenciais de produção, objetivando a ampliação de usinas solares na comunidade suficiente para abastecer todo o Conjunto Palmeira.
V-Servir como projeto piloto de produção de energia comunitária através de usinas solares solidárias, objetivando ser multiplicado em outros bairros/municípios de Fortaleza, do Ceará e do Brasil.
VI-Propor a criação de uma lei municipal de incentivo e fomento a produção de energia comunitária, através de usinas solares solidárias em diversos bairros de Fortaleza.
VII-Promover oficinas na comunidade para moradores do bairro, na área de energias limpa e sustentabilidade, contribuindo para uma conscientização ambiental coletiva.

Alinhamento com as politicas públicas

 Existem diversas políticas públicas em diferentes níveis (locais, estaduais e federais) que podem contribuir com o projeto de energia solar nas periferias.
No Ceará, por exemplo, existe o programa “Renda do Sol” , uma ação do Governo do Estado que se alia a uma linha de objetivos estratégicos em prol de uma transição energética mais justa e limpa.

Algumas dessas políticas incluem:
a. Programas de incentivo fiscal: Jurisdições que oferecem incentivos fiscais, como isenção de impostos ou créditos tributários, para a
instalação de sistemas de energia solar.

b. Subsídios e financiamento: Governos podem disponibilizar subsídios diretos ou linhas de financiamento específicas para projetos de energia solar em comunidades de baixa renda.

c. Regulamentações favoráveis: Leis e regulamentações que facilitam a conexão de sistemas de energia solar à rede elétrica e simplificam os processos burocráticos podem impulsionar o desenvolvimento desses projetos.

d. Programas de capacitação e educação: Políticas que promovem a capacitação em tecnologias de energia renovável, como a capacitação em instalação de sistemas fotovoltaicos, podem ser fundamentais para capacitar os/as moradores/as das periferias a participarem ativamente desses projetos.

e. Planos diretores urbanos: Estratégias de planejamento urbano que incentivam o uso de energias renováveis em novas construções e
empreendimentos urbanos podem ser incorporadas aos planos diretores municipais.

Relação com a Economia Solidária

O Banco Palmas, assim como os demais Bancos Comunitários de Desenvolvimento – BCDs, atuam no campo da Economia Solidária. A PalmaSolar será mais um empreeendimento da Rede de Economia Solidária do Conjunto Palmeira. Nessa primeira fase será considerado um piloto, devendo ser reaplicado em vários bancos comunitários do Brasil, ou em outros coletivos populares, como associações de moradores, sindicatos, igrejas, cooperativas ou
em diversos tipos empreendimentos de economia solidária.
A produção de energia comunitária através de usinas solares solidárias é uma estratégia de Economia Solidária ao gerar e distribuir energia elétrica coletivamente, além de criar um fundo de crédito solidário para apoio aos empreendimentos locais.
A propriedade da Usina também é coletiva e está sob gerenciamento do Banco Palmas, o que permite que essa tecnologia social possa facilmente ser replicada em diferentes localidades. As usinas solares solidárias são estruturas endógenas que expressam o capital social local. Elas induzem as comunidades a conduzirem processos organizativos que aprimoram e democratizam a governança local.
Em termos econômicos, são ferramentas de fortalecimento das relações internas de produção e consumo, estimulando o comércio local e permitindo a construção de vínculos entre moradores/as e as estruturas de oferta de produtos e serviços em suas próprias comunidades. E reconfiguram os modelos de relações sociais, econômicas, políticas e ambientais nas comunidades possibilitando que os moradores construam um pacto organizativo claro para o desenvolvimento local.

Um dos grandes pressupostos do desenvolvimento local é o investimento nas potencialidades e vocações dos territórios para que possam se desenvolver de modo natural, respeitando sua identidade e os conhecimentos e saberes que existem em seus segmentos sociais.
As usinas solares solidarias são ferramentas com imenso potencial para serem os agentes mais práticos e tangíveis de uma estratégia de desenvolvimento, na medida em que ocupam precisamente a função social e econômica de centralizar, coordenar e organizar os recursos naturais das comunidades. Através da moeda
social digital e-dinheiro, fortalece as relações entre os moradores e as bases produtivas e comerciais endógenas, valorizando os estabelecimentos e os produtos locais, além de contribuir para fortalecer e estimular a formação de arranjos e cadeias produtivas endógenas. Através das concessões de crédito têm o poder de investir em iniciativas, ações, empreendimentos e projetos estratégicos para o desenvolvimento da economia, mas também para proteção social e a garantia de direitos dos moradores.

Nesse sentido, a PalmasSolar prevê, na dimensão econômica, fortalecer as ações de serviços de finanças solidárias prestados pelo Banco Palmas, ampliando seu fundo de aporte de crédito beneficiando, no primeiro ano, 200 empreendedores, oxigenando a economia local. Ao tempo, 30 famílias terão um increemento em suas rendas, reduzindo, em média, 60% do consumo de energia eletrica.
Na dimensão ambiental o projeto irá conscientizar e incentivar as comunidades
para a produção de uma energia limpa e acessível.

Contexto Nacional

 

A preocupação com o esgotamento das reservas de energias não-renováveis tem estado cada dia mais em evidência e apresenta-se como uma das principais problemáticas a serem resolvidas pelo homem. Neste contexto, as fontes alternativas e renováveis de energia, tais como energia solar, eólica e da biomassa, têm ganhado destaque, inclusive com o crescimento e o fortalecimento de pesquisas envolvendo a utilização destas formas de energia a nível mundial.
(EDITORIAL, 2015; BERIZZI et al., 2015; UECKERDT et al., 2015; VOINOV et al., 2015).

O Brasil possui uma matriz energética para geração de eletricidade oriunda principalmente de fontes renováveis, através da geração de energia por sua conversão hidrelétrica. Este dado coloca o Brasil à frente de países como a Alemanha e os Estados Unidos no uso de fontes renováveis de energia, haja visto que esses países têm sua matriz energética composta principalmente de fontes não-renováveis (EIA, 2017; ISE-FRAUNHOFER, 2017).
No entanto, no tocante à geração de energia elétrica a partir de outras fontes renováveis como a eólica e a
solar, o Brasil ainda apresenta percentuais inferiores a esses países
(EIA, 2017;ISE-FRAUNHOFER, 2017).

A questão da mudança na matriz energética nos coloca em uma posição de mudança imediata para construção de um plano de desenvolvimento local
sustentável nos territórios empobrecidos abrangidos pela Rede Brasileira de Bancos Comunitários de Desenvolvimento.

A implantação das Usinas Solares Solidárias irá promover a criação de um ou mais empreendimentos econômicos solidários com o foco na energia fotovoltaica
gerando trabalho e renda para jovens e/ou adultos, assim como irá fortalecer o Banco Palmas e futuramente, toda Rede de Bancos Comunitários de Desenvolvimento com a criação de um (ou variados) Fundo Solidário Energético que contribuirá com a sustentabilidade dessas instituições e permitirá que as
mesmas possam tenham recursos para a realização de projetos comunitários e ampliará o fundo de crédito dos Bancos Comunitários, ampliando o número de
pessoas atendidas por eles nas comunidades.

Local de Construção da PalmaSolar

Av. Val Paraiso 758, Conjunto Palmeira (ao lado da Palmatur). A usina servirá, também como “telhado” do galpão onde são realizadas as Feiras de Economia Solidaria do Banco Palmas, oferecendo mais conforto aos feirantes e consumidores.

CAPACIDADE DA USINA
Produção mensal de 4.800 Kwh

Contato:

Comunicaçã[email protected]

@Bancopalmas