Usina Solar do Banco Palmas

É uma usina de energia solar fotovoltaica no Conjunto Palmeira, Fortaleza/CE, financiada e gerenciada pelo Banco Palmas, como estratégia de fomento à produção e ao consumo local, neste caso, voltada para a produção e consumo de energia renovável.

Sustentabilidade para todos

Energia Solar Comunitária no Conjunto Palmeiras!

Vem aí um novo passo para um futuro mais sustentável no Conjunto Palmeiras! Com o nosso projeto de energia solar, a eletricidade gerada será distribuída para os moradores, reduzindo o custo da conta de luz e garantindo acesso a uma energia limpa e renovável.
Essa iniciativa não só alivia o orçamento das famílias, mas também fortalece a comunidade com uma alternativa sustentável e acessível. Juntos, estamos transformando a realidade com inovação e solidariedade. 

Inscrições Abertas!

Endereço: Av. Valparaíso N° 620
Horário: 08:30 às 11:30 – 13:00 às 16:30

Documentação necessária: RG, CPF, Ultimos três boletos da conta de energia.

Como Funciona

Atenderá inicialmente 50 famílias do bairro de forma
associativa;

Cada família poderá comprar um cota de até 150 KWh da
PalmaSolar;

Cada khw da PalmaSolar custa 0,30 centavos (1/3 do valor cobrado atualmente pela ENEL).

Cada mês a família receberá duas contas: um da ENEL e outro
da PalmaSolar. Dependendo do consumo do mês, a conta da
ENEL poderá vir zerada.

Se possuir a moeda social Palmas, a família irá pagar com
Palmas.

No mês que a família consumir kwh menor que a quantidade
comprada a PalmaSolar, recebe as duas contas zeradas.
Nesse caso fica com crédito acumulados junto a PalmaSolar,
que será abatido no mês seguinte.

Fundo de Crédito de Energia Renováveis
(FCER)

 

O FCER é o crédito voltado para o fortalecimento do
empreendedorismo solidário na comunidade, apoiando
com crédito a juros de 0,5% a.m., criação ou
fortalecimento dos pequenos negócios do bairro,
gerando trabalho e renda na comunidade.

 

 

Público Beneficiado

 

Moradores/as do conjunto Palmeiras, 70% mulheres
chefes de família, empreendedores e pessoas
interessados/as na redução do custo de energia elétrica.

 

 

O que é

 

Trata-se da criação de uma usina de energia solar fotovoltaica no Conjunto
Palmeira, financiada e gerenciada pelo Banco Palmas, que vai atender
inicialmnte 50 famílias do bairro de forma associativa, reduzindo em média,
60% o custo de energia elétrica das mesmas.
Essa produção de energia comunitária segue a estratégia do Banco Palmas de
fomento à produção e ao consumo local, neste caso, voltada para a produção
e consumo de energia renovável.

Como Funciona? 

 

a) A PalmaSolar disponibilizará na rede da concessionária ENEL 4.800 Kwh
de energia mensalmente, conforme legisação em vigor.
b) Cada família pode “comprar” (aderir) um cota de até 150 KWh da
PalmaSolar, o que pode representar o todo ou parte do seu consumo. Por
exemplo, se a família consome em média 100 Kwh mês, poderá
“comprar” todo seu consumo. Se consome 300 kwh mês, poderá comprar
50% do seu consumo, assim sucessivamente.
c) Cada khw da PalamSolar custa 0,30 centavos (1/3 do valor cobrado
atualmente pela ENEL).
d) A PalmaSolar informa a ENEL a quantidade de kwh que cada família tem
direito. Dessa forma a ENEL só cobra da residência daqueles kwh que já
não estão “pagos” pela PalmaSolar.
e) Cada mês a família recebe duas contas: um da ENEL e outro da
PalmaSolar. Dependendo do consumo do mês, a conta da ENEL pode vim
zerada.
f) Se posssuir a moeda social Palmas, a família irá pagar com Palmas.
g) Metade dos recursos pago pelas familias pelo consumo de energia da
PalmaSolar, retornam para as mesmas em moeda social numa especie de
cashback. A outra metade constituirão o Fundo de Crédito de Energia
Renováveis (FCER) do Banco Palmas voltado para o fortalecimento do
empreendedorismo solidário na comunidade,
h) No mês que a família consumir kwh menor que a quantidade comprada a
PalmaSolar, recebe as duas contas zeradas. Nesse caso fica com crédito
acumulados junto a PalmaSolar, que será abatido no mês seguinte.

Objetivos

 

I-Instalação de 01 usina solar fotovoltaica com capacidade de atender até 50
famílias. Essa iniciativa visa proporcionar às famílias uma redução, média, de
60% nas contas de energia, possibilitando que paguem apenas 40% do valor da
taxa que seria cobrada pela companhia de energia (ENEL).
II-Criar o Fundo de Crédito de Energia Renovaveis (FCER) do Banco Palmas com
os valores que serão pagos pelas famílias a PalmaSolar. O FCER é voltado para
o fortalecimento do empreendedorismo solidário na comunidade, apoiando com
crédito a juros de 0,5% a.m., criação ou fortalecimento dos pequenos negócios
do bairro, gerando trabalho e renda na comunidade. Previsão 100 negócios
apoiados no primeiro ano.
III-Promover a solidariedade e a cooperação entre as famílias, fortalecendo os
laços comunitários e o sentimento de pertencimento ao bairro, potencializando
os espaços de participação cidada na solução de problemas locais.
IV-Elaborar um plano de viabilidade e sustentabilidade energética a partir de
uma pesquisa sobre consumo de energia elétrica na comunidade e potenciais de
produção, objetivando a ampliação de usinas solares na comunidade suficiente
para abastecer todo o Conjunto Palmeira.
V-Servir como projeto piloto de produção de energia comunitária através de
usinas solares solidárias, objetivando ser multiplicado em outros bairros/
municípios de Fortaleza, do Ceará e do Brasil.
VI-Propor a criaçao de uma lei municipal de incentivo e fomento a produção de
enregia comunitária, através de usinas solares solidárias em diversos bairros de
Fortaleza.
VII-Promover oficinas na comunidade para moradores do bairro, na área de
energias limpa e sustentabilidade, contribuindo para uma conscientização
ambiental coletiva.

Exclusividade da PALMASOLAR

 

a) PalmaSolar é um empreendimento de Economia Solidaria que não objetiva
o lucro, embora se torne sustentável ao longo dos anos. Seu objetivo é o
desenvolvimento local, a geração de trabalho e renda, produção e distribuição de
riqueza no bairro.
b) É a primeira usina brasileira de produção de energia comunitária, nascida
a partir do processo de mobilização dos moradores da periferia, gerenciado a
partir de um banco comunitário. A “propriedade” da usina é coletiva sobre a
gestão do Banco Palmas, uma organização da sociedade civil sem fins de lucro,
que não distribui os lucros entre os associados.
c) Se propõe a ser um movimento de mobilização em defesa da transição
enérgica com justiça social e enfrentamento da desigualdade, o que exige que os
excedentes fruto da comercialização da energia seja reinvestido na comunidade
local que gerou a energia solar.
d) A construção da PalmaSolar terá elaboração e execução da “Paju Solar”,
uma empresa de energia solar do Banco Comunitário Paju no município de
Maracanaú-CE, estabelecendo uma rede de cooperação entre os bancos
comunitários, fortalecendo a economia solidaria.

Público Beneficiado

 

a) Moradores do conjunto Palmeiras, 70% mulheres chefes de família,
interessados na redução do custo de energia elétrica.
b) Jovens em busca de qualificação profissional interessados em participar
de um empreendimento econômico solidário de energia solar.
c) Empreeendedores do bairro que possuam ou desejem possuir um
pequeno negócio produtivo.

Relação com as ODS

A PalmaSolar se insere nas metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
das Nações Unidas, entre os principais:
ODS 7, que visa garantir o acesso à energia barata, eficiente e sustentável,
ODS 8, que objetiva o Desenvolvimento econômico loca;
ODS 11, com foco na Urbanização inclusiva e sustentável: Cidades bem
planejadas e inclusivas facilitam a integração de infraestruturas solares, como
telhados solares em edifícios e parques solares em áreas urbanas.

Alinhamento com as politicas públicas

 

 Existem diversas políticas públicas em diferentes níveis (locais, estaduais e
federais) que podem contribuir com o projeto de energia solar nas periferias.
No Ceará, por exemplo, existe o programa “Renda do Sol” , uma ação do Governo do
estado que se alia a uma linha de objetivos estratégicos em prol de uma transição energética
mais justa e limpa.
Algumas dessas políticas incluem:
a. Programas de incentivo fiscal: Jurisdições que oferecem incentivos
fiscais, como isenção de impostos ou créditos tributários, para a
instalação de sistemas de energia solar.
b. Subsídios e financiamento: Governos podem disponibilizar subsídios
diretos ou linhas de financiamento específicas para projetos de energia
solar em comunidades de baixa renda.
c. Regulamentações favoráveis: Leis e regulamentações que facilitam a
conexão de sistemas de energia solar à rede elétrica e simplificam os
processos burocráticos podem impulsionar o desenvolvimento desses
projetos.
d. Programas de capacitação e educação: Políticas que promovem a
capacitação em tecnologias de energia renovável, como a capacitação em
instalação de sistemas fotovoltaicos, podem ser fundamentais para
capacitar os/as moradores/as das periferias a participarem ativamente
desses projetos.
e. Planos diretores urbanos: Estratégias de planejamento urbano que
incentivam o uso de energias renováveis em novas construções e
empreendimentos urbanos podem ser incorporadas aos planos diretores
municipais.

Relação com a Economia Solidária

O Banco Palmas, assim como os demais Bancos Comunitários de
Desenvolvimento – BCDs, atuam no campo da Economia Solidária. A
PalmaSolar será mais um empreeendimento da Rede de Economia Solidária do
Conjunto Palmeira. Nessa primeira fase será considerado um piloto, devendo
ser reaplicado em vários bancos comunitários do Brasil, ou em outros coletivos
populares, como associações de moradores, sindicatos, igrejas, cooperativas ou
em diversos tipos empreendimentos de economia solidária.
A produção de energia comunitária através de usinas solares solidárias é uma
estratégia de Economia Solidária ao gerar e distribuir energia elétrica
coletivamente, além de criar um fundo de crédito solidário para apoio aos
empreendimentos locais. A propiedade da Usina também é coletiva e está sob
gerenciamento do Banco Palmas, o que permite que essa tecnologia social
possa facilmente ser replicada em diferentes localidades.
As usinas solares solidária são estruturas endógenas que expressam o capital
social local. Elas induzem as comunidades a conduzirem processos
organizativos que aprimoram e democratizam a governança local. Em termos
econômicos, são ferramentas de fortalecimento das relações internas de produção
e consumo, estimulando o comércio local e permitindo a construção de vínculos
entre moradores/as e as estruturas de oferta de produtos e serviços em suas
próprias comunidades. E reconfiguram os modelos de relações sociais,
econômicas, políticas e ambientais nas comunidades possibilitando que os
moradores construam um pacto organizativo claro para o desenvolvimento
local.
Um dos grandes pressupostos do desenvolvimento local é o investimento nas
potencialidades e vocações dos territórios para que possam se desenvolver de
modo natural, respeitando sua identidade e os conhecimentos e saberes que
existem em seus segmentos sociais.
As usinas solares solidarias são ferramentas com imenso potencial para serem os
agentes mais práticos e tangíveis de uma estratégia de desenvolvimento, na
medida em que ocupam precisamente a função social e econômica de centralizar,
coordenar e organizar os recursos naturais das comunidades. Através da moeda
social digital e-dinheiro, fortalece as relações entre os moradores e as bases
produtivas e comerciais endógenas, valorizando os estabelecimentos e os
produtos locais, além de contribuir para fortalecer e estimular a formação de
arranjos e cadeias produtivas endógenas. Através das concessões de crédito têm
o poder de investir em iniciativas, ações, empreendimentos e projetos
estratégicos para o desenvolvimento da economia, mas também para proteção
social e a garantia de direitos dos moradores.
Nesse sentido, a PalmasSolar prevê, na dimensão econômica, fortalecer as ações
de serviços de finanças solidárias prestados pelo Banco Palmas, ampliando seu
fundo de aporte de crédito beneficiando, no primeiro ano, 200 empreendedores,
oxigenando a economia local. Ao tempo, 30 famílias terão um increemento em suas
rendas, reduzindo, em média, 60% do consumo de energia eletrica.
Na dimensão ambiental o projeto irá conscientizar e incentivar as comunidades
para a produção de uma energia limpa e acessível.

Contexto Nacional

 

A preocupação com o esgotamento das reservas de energias não-renováveis tem
estado cada dia mais em evidência e apresenta-se como uma das principais
problemáticas a serem resolvidas pelo homem. Neste contexto, as fontes
alternativas e renováveis de energia, tais como energia solar, eólica e da
biomassa, têm ganhado destaque, inclusive com o crescimento e o fortalecimento
de pesquisas envolvendo a utilização destas formas de energia a nível mundial.
(EDITORIAL, 2015; BERIZZI et al., 2015; UECKERDT et al., 2015; VOINOV et al.,
2015).
O Brasil possui uma matriz energética para geração de eletricidade oriunda
principalmente de fontes renováveis, através da geração de energia por sua
conversão hidrelétrica. Este dado coloca o Brasil à frente de países como a
Alemanha e os Estados Unidos no uso de fontes renováveis de energia, haja visto
que esses países têm sua matriz energética composta principalmente de fontes
não-renováveis (EIA, 2017; ISE-FRAUNHOFER, 2017). No entanto, no tocante à
geração de energia elétrica a partir de outras fontes renováveis como a eólica e a
solar, o Brasil ainda apresenta percentuais inferiores a esses países (EIA, 2017;
ISE-FRAUNHOFER, 2017).
A questão da mudança na matriz energética nos coloca em uma posição de
mudança imediata para construção de um plano de desenvolvimento local
sustentável nos territórios empobrecidos abrangidos pela Rede Brasileira de
Bancos Comunitários de Desenvolvimento.
A implantação das Usinas Solares Solidárias irá promover a criação de um ou mais
empreendimentos econômicos solidários com o foco na energia fotovoltaica
gerando trabalho e renda para jovens e/ou adultos, assim como irá fortalecer o
Banco Palmas e futuramente, toda Rede de Bancos Comunitários de
Desenvolvimento com a criação de um (ou variados) Fundo Solidário Energético
que contribuirá com a sustentabilidade dessas instituições e permitirá que as
mesmas possam tenham recursos para a realização de projetos comunitários e
ampliará o fundo de crédito dos Bancos Comunitários, ampliando o número de
pessoas atendidas por eles nas comunidades.

Local de Construção da PalmaSolar

Av. Val Paraiso 758, Conjunto Palmeira (ao lado da Palmatur). A usina servirá, também como “telhado” do galpão onde são realizadas as Feiras de Economia Solidaria do Banco Palmas, oferecendo mais conforto aos feirantes e consumidores.

CAPACIDADE DA USINA
Produção mensal de 4.800 Kwh